O grande dragão fala: "É por liberdade e respeito a minha luta"
É por liberdade e respeito a minha luta
Mas de que adianta insistir numa batalha
Se assim a vitória não se alcança
Acabou essa batalha mas a guerra continua
Você fez derramar o sangue dos inocentes
Dos últimos que em ti ainda confiavam
Agora não restou mais ninguém em mim
Daqueles que te seguiam e adoravam
Pois agora vejo que todos aqueles eram covardes, traidores
Aceitavam a humilhação da dependência e da perseguição
Em troca da sua esmola, miserável traidor!
E no pior momento, onde já estavam caídos e desesperados
Depois de terem suportado mais um trabalho
Que nada lhes deu além de dor, humilhação e fracasso
Ouviram o que você guardava por 7 anos no coração
Que eram ladrões porque não usaram mais a sua esmola
Para o que você ainda achava que servia e precisavam
E não avisaram quando perceberam que já a ajuda de nada mais servia
E não avisaram quando nem ao menos sabiam que crime cometiam
Será que essa esmola é para o meu uso mesmo?
Ou é só para financiar ajuda que nem de ajuda mais servia?
E nem ao menos quis me ouvir nem se importou em entender
E ainda fez pose de bonzinho à sua mulher, a quem fez escrava da sua opinião:
“Veja como sou firme com quem me rouba, até lhe nego o perdão.”
Você lhes fez provar mais uma humilhação,
Quando menos esperavam, mas de quem já desconfiavam
Pois foi o que mereciam por não terem confiado no caminho
E terem se rendido ao desespero e ao guia falso
O que mais me deixa indignado
É que você acha que tudo isso é exagero ou brincadeira
Sempre tem certeza do que sinto e do que passo
Para você é tudo muito fácil, até gosto de sofrer ou estou até acomodado
E já que mostrou o que tem no coração
E não esquece nem o que há 7 anos se passou
E o bom respeito insiste em me negar
Aprenderá a me temer, a me odiar e a jamais me perdoar
E essa escravidão vai ter que acabar!
Pois agora quando zomba assim
Não é daquele que tem na memória que conheceu,
Que há muito tempo já morreu e você nem percebeu!
Zomba do inimigo teu que dali nasceu
E os inocentes que você em mim destruiu
Eram os últimos que te protegiam
Da fúria, da ira e da vingança que exigem contra ti
Pois foi a tua voz que os mandou à desgraça
Por muitas vezes, desde aquela maldita Federal
E quando ainda acha que sou preguiçoso, vagabundo
Ou que não posso ter dinheiro nem nada do que gosto
Ofende aqueles que só podem sentir
O gosto de poder ainda só acreditar no sucesso
Que só podem ter na vida
O gosto de poder ainda só acreditar que sempre têm o querem
Para que mantenham viva a confiança,
Apesar de depender da sua esmola
E tentar tirar algum aprendizado, alguma esperança
De todo infortúnio que tiveram na vida
Irmão secundogênito, o inimigo oculto.
a segunda esposa dele; a destruidora da sua fidelidade a Deus.
Irmão secundogênito; de inimigo oculto a inimigo declarado!
Agora carrega o pesado fardo, fardo tornado ainda mais pesado:
de tanta culpa que sente,
trabalha incessantemente
para ocultar toda culpa que sente
e exaltar a virtude que não sente
Dante – The Curse on Those Who Do Nothing in the Face of Evil
Dante - A Maldição Daqueles Que Nada Fazem Diante do Mal
ByScott Horton on October 17, 2010

“Ó Mestre, que ouço agora?
33 “Quem são esses, que a dor está prostrando?” —
“Deste mísero modo” — tornou — “chora
Quem viveu sem jamais ter merecido
36 Nem louvor, nem censura infamadora".
“De anjos mesquinhos coro é-lhes unido,
Que rebeldes a Deus não se mostraram,
39 Nem fiéis, por si sós havendo sido”.
“Desdouro aos céus, os céus os desterraram;
Nem o profundo inferno os recebera,
42 De os ter consigo os maus se gloriaram”.
— “Que dor tão viva deles se apodera,
Que aos carpidos motivo dá tão forte?” —
45 “Serei breve em dizer-to” — me assevera. —
“Não lhes é dado nunca esperar morte;
É tão vil seu viver nessa desgraça,
48 Que invejam de outros toda e qualquer sorte.
“No mundo o nome seu não deixou traça;
A Clemência, a Justiça os desdenharam.
51 Mais deles não falemos: olha e passa”.
Dante Alighieri. A Divina Comédia [com notas e índice ativo] . Centaur. Edição do Kindle.